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História

 

Colonização e desbravamento da região

 

O desbravamento de Governador Valadares e região inicia-se por volta do ano de 1573 quando Sebastião Fernandes Tourinho, partindo do litoral brasileiro, subiu pelo Rio Doce até alcançar a foz do Suaçuí Grande, com a finalidade de descobrir ouro e pedras preciosas. Os descobridores encontraram uma série de dificuldades, não só o rio, com seus bancos de areia dificultando a interiorização da bacia, como as impenetráveis florestas, e, mais ainda, a ferocidade dos índios botocudos. Com o objetivo de conter os constantes ataques dos silvícolas, instalou-se no Vale, no local conhecido como Porto de Dom Manuel, uma das seis Divisões Militares do Rio Doce, criadas pela Carta Régia de 13 de maio de 1808.

 

Um dos primeiros povoados construídos na região foi de São Miguel e Almas de Guanhães, estabelecido em torno de uma capela erguida em 1811 nos terrenos de José Coelho da Rocha, Francisco de Souza Ferreira, Antônio de Oliveira Rosa, Faustino Xavier Caldeira e José de Oliveira Rosa. Posteriormente, foram aos poucos sendo criados os povoados de Ferros, Conceição do Mato Dentro, Paulistas e Peçanha, estando Figueira (atual Governador Valadares) subordinada a este último (atualmente ambos são municípios). Em 1882, o povoado passou a distrito de paz com a denominação de Baguari e, em 1884, a distrito do município de Peçanha.

 

A geografia influenciou a escolha deste local: a via fluvial, permitindo a atividade do porto entre as cidades de Aimorés e Naque, além de ser o rio Doce ligação com o litoral do estado do Espírito Santo. O Pico da Ibituruna, com seus 1 123 metros de altitude, era um marco referencial para os que penetravam na região.

 

Após a instalação do Distrito, foi grande o surto de progresso, especialmente a partir de 15 de agosto de 1910, quando foi inaugurada a Estação Ferroviária de Governador Valadares e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, que deu características de entreposto comercial ao Distrito. Em 1928 foi construída a rodovia Figueira-Coroaci, o que permitiu o escoamento de produtos originários dos municípios vizinhos, e ainda a distribuição de produto/s de outras regiões.

 

Em 1937, a ligação Vitória-Minas com a Central do Brasil colocou o atual município em conexão com grandes centros consumidores, consolidando sua situação privilegiada na região. A atividade econômica de Figueira, baseada na exploração da mica, madeira, carvão vegetal e pedras preciosas promoveu o processo de urbanização do Distrito, resultando na fixação de contingentes humanos.

 

 

Formação administrativa e desenvolvimento urbano

 

Em 30 de janeiro de 1938 a cidade teve seu topônimo mudado para Governador Valadares, através do Decreto-lei Estadual n° 148. Nessa data também ocorreu a emancipação política municipal. A partir daí, a cidade passou a ser formada pelos distritos de Governador Valadares (Sede), Brejaubinha, Chonim e Naque. Atualmente, além do Distrito-Sede, Governador Valadares conta com os distritos de Alto de Santa Helena, Baguari, Brejaubinha, Nova Brasília, Santo Antônio do Porto, Pontal, Chonim, Derribadinha, Penha do Cassiano São José das Tronqueiras e São Vitor.

 

Com a emancipação política, continua o desenvolvimento da cidade. Durante as décadas de 1940 e 1950 a cidade muda de figura e os campos perdem terrenos: aparecem as serrarias, oficinas de micas, abatedouros, armazéns, pequenos comércios, escolas, clínicas e entretenimento. Em 1943/1944, a Rodovia Rio-Bahia (BR-116) atravessa as terras do município, confirmando sua situação de pólo regional ao intensificar a concentração de atividades comerciais e de prestação de serviços.

 

De acordo com documentos, por volta de 1967, foi criada a Fundação Percival Farquhar, com a união de 159 pessoas (físicas e jurídicas), que colaboraram na compra de equipamentos, livros e mobiliário. Foi então instalado, em prédio cedido pela Companhia Vale do Rio Doce (atual Vale S.A.), o Minas Instituto de Tecnologia - MIT, que possuía cursos de Engenharia Mecânica e Metalurgia. Logo após, foram sendo criadas outras unidades, com novos cursos, com destaque para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - FAFI-GV e a Faculdade de Odontologia - FOG, além da Escola Técnica do Instituto de Tecnologia ETEIT.

 

 

História recente

A partir da década de 1970, há uma inversão hegemônica de crescimento econômico e demográfico no Vale do Rio Doce. O aglomerado urbano da região, concentra todas as aspirações externas e as tensões internas ocasionadas pejo crescimento populacional. Uma das consequências desse crescimento populacional são as enchentes. No ano de 1979, uma forte e intensa chuva deixa vários mortos e desabrigados, em uma enchente que não atingiu apenas Governador Valadares, mas ainda várias cidades localizadas ao longo das margens do Rio Doce e afluentes. Cerca de 10 mil ficam desabrigados, pelo menos 42 morreram e cerca de 37 cidades ficaram inundadas após mais de 35 dias de chuva entre janeiro e fevereiro daquele ano.

 

Ao longo do tempo, com o crescimento populacional da cidade, houve a necessidade da expansão dos setores econômico e turístico de Governador Valadares. Em 2 de dezembro de 1999 é inaugurado o GV Shopping.

 

Devido ao desenvolvimento da região, foi criada a microrregião de Governador Valadares, por agregando os municípios de Alpercata, Campanário, Capitão Andrade, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Galileia,Itambacuri, Itanhomi, Jampruca, Marilac, Mathias Lobato, Nacip Raydan, Nova Módica, Pescador, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São José da Safira, São José do Divino, Sobrália, Tumiritinga e Virgolândia, além de Governador Valadares. Sua população foi estimada em 2006 pelo IBGE em 407.815 habitantes e está dividida em 25 municípios. Possui uma área total de 11.327,403 km².

 

 

 

Fonte

Governador Valadares (MG). Wikipédia. 2014. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Governador_Valadares. Acesso em: dez. 2014.

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